29.9.06

pequenez humana



ou a incomensurabilidade do divino...

28.9.06

Pontes


“A Ponte de D. Luís substitui a Ponte Pênsil que existiu, quasi no mesmo lugar, desde 1843 até 1887. A actual, com os seus dois tabuleiros, põe em comunicação tanto a parte alta como a parte baixa do Porto e Gaia. Assim não sucedia com a Ponte Pênsil. Quem estava na Batalha e queria ir para a Serra do Pilar tinha de descer à Ribeira e, uma vez em Gaia, trepar a encosta abrupta, até lá acima. Não era brincadeira…
Pois o que, pouca gente hoje saberá é que se tivesse sido adoptada a sugestão apresentada pela Câmara Municipal do Porto, já há mais de “cem anos” se teria, com a Ponte Pênsil, realizado o importantíssimo problema que só em 1886 a Ponte de D. Luís resolveu. Quando em 1837 o Governo fez um contrato com Clarenges Lucotte para a constituição de uma Empresa construtora da estrada de Lisboa ao Porto, e de uma ponte sobre o rio Douro, entre o Porto e Gaia, «segundo o sistema de suspensão em ferro, etc.», a empresa Clarenges Lucotte & Cª apresentou dois projectos para a realização da Ponte (…)
(…) Não, nenhum desses projectos agradava à Câmara Municipal do Porto! Não concordava a Câmara também com a ideia de construir a Ponte no Laranjo – ou seja, se não me engano muito, no local onde afinal ficou. Não teria aí «de pronto boas entradas e de ser avultada a despesa, é obra mui demorada, além de acanhada».
Mas então que queria a Câmara?!
Onde é que no seu entender, devia ser colocada a Ponte Pênsil?!
Onde? Façam o favor de ler:
- «A Câmara atreve-se a propor» - repare-se que a Câmara considerava a sua proposta, na realidade, um atrevimento! – atreve-se a propor a construção da Ponte da Bateria do Postigo do Sol ao Pátio do extinto Convento da Serra do Pilar, porque as entradas e saídas estão francas, e então como a Empresa está obrigada à construção de estradas, com pouco dispêndio pode abrir-se uma em linha recta à Bandeira; desta forma o Governo leva a avante o contrato feito, e apresenta uma obra digna de ser admirada e de interesse para os dois pontos principais dos Concelhos do Porto e Gaia, com vantagem geral do comércio e agricultura e a única estável e segura pela sua posição.
«A actual ponte das barcas transferida para a Praça da Ribeira, com pequeníssima alteração e pouca despesa, fica servindo para uso da Cidade baixa. E então a Cidade do Porto, podendo fazer de Vila Nova de Gaia o seu cume, e da Cidade do Porto um Continente, há-de sujeitar-se a uma ponte incerta com risco de desabamento, acanhada, e com o prejuízo certo para a Nação? Não.
Não! – disse a Câmara.
Sim! – Respondeu o Governo.
E como o Governo é quem manda, deixou o Porto de possuir há cem anos uma ponte que devia ser a maravilha das maravilhas – bamboleando-se suspensa, a muitas dezenas de metros, sobre o abismo do Douro! Diz-se que a que existiu, quando passava por ela muita gente, abanava «como varas verdes» e chegava a «provocar enjoos». Metia medo! E era tão baixinha! Que sensação admirável – formidável! Se teria se ela estivesse à altura do tabuleiro superior da Ponte D. Luís?! Que pena não se poder experimentar!”

BASTO, Artur de Magalhães Basto – Falam Velhos Manuscritos : A Ponte Pênsil e um projecto audacioso da Câmara Municipal do Porto. In: “O Primeiro de Janeiro”. Porto, 1945.

Research by Luzinha.
Obrigado!

Boa noite



(...)
Andamos nus e descalços

Amantes sedentos

Se o véu da noite se deita

Na curva do tempo

Ai Lua Nova de Outubro

Os medos são meus

Das chuvas e ventos

Da alma a segredar

Da boca a murmurar

Adeus.

A ilha
in:
Por Este Rio Acima: Fausto Bordalo Dias

27.9.06

Aquilo que resta dos dias de praia



é a imagem que trago nos olhos...
ou as memórias que guardei dos paladares, das temperaturas e dos perfumes que se soltam com o calor...

Camisola amarela


Hoje não estou com disposição nem para textos minimalistas.

26.9.06

NORTE


Átrio da Casa da Música, Boavista, Porto.
Para que não restem dúvidas. ;D

(não me responsabilizo por interpretações demasiado sérias deste post)

25.9.06

tudo é uma questão de perspectiva


O Porto é Sul para muitos portugueses.

24.9.06

No rain, no rainbow.


Ou: não há bela sem senão.

23.9.06

Equinócio



A palavra equinócio vem do latim e significa "noites iguais". No ano há dois, que astronómicamente correspondem aos pontos onde a elíptica cruza o equador celeste. No corriqueiro quotidiano as datas marcam a entrada oficial de uma nova estação.

O equinócio de Outono este ano calhou a 23 de Setembro, às 04:03 GMT. Pouco mais ou menos à mesma hora em que eu escrevia este post.

21.9.06

Always look on the bright side of life*


Porque há sempre coisas que correm bem, mesmo em dias de tempestade.
*

20.9.06

o trabalho é a maldição das classes que bebem


(Clicando em cima vê-se a imagem em grande).

19.9.06

Francisco


A Família Barbapapa já aumentou!

18.9.06

Igreja de Cedofeita




Uma tradição muito antiga faz recuar até ao século VI da era cristã a data de construção do actual templo de Cedofeita, atribuindo a iniciativa da fundação ao fervor religioso do rei suevo Teodoromiro, ariano catequizado e convertido por S. Martinho de Dume.
Esta tradição, como muitas outras, reflecte apenas uma parte da verdade histórica, pois o edifício que hoje existe data averiguadamente do século XII. É de presumir que D. Afonso Henriques, intentando restaurar a igreja erigida 600 anos antes pelo monarca suevo (então, por certo, em ruínas e já desfigurada pelas obras de reparação que devia ter sofrido durante a dominação dos godos e muçulmanos) somente pôde aproveitar da primitiva construção os mal seguros alicerces e a parte dos materiais que melhor tinham resistido à acção destruidora do tempo.
D. Afonso II, declarando na sua carta de doação de 1256 que seu avô «repairara» o velho templo de Cedofeita, apoucou evidentemente a importância da obra realizada. Foi reconstrução e não simples reparação o que então se fez.
Por tal motivo, impera na construção o estilo românico. Com uma só nave e capela-mor de planta rectangular, ambas com abóbada de berço. Tinham-lhe sido destinadas duas torres para adorno da fachada principal. É certo, que só uma dessas torres, com remate e sineiras, foi conhecida durante longos séculos, a outra crê-se que nunca existiu.
Como quase todos os edifícios ou monumentos antigos, o vestuto templo portuense foi muitas vezes maltratado, durante a sua longa idade, por amigos semelhantes a inimigos. A partir do século XVI, as mutilações e os crescimentos no corpo da igreja amiudaram-se; depois, outras construções comuns, erguidas sob a pressão de necessidades relacionadas com o exercício do culto. Deste modo, quando a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais deu princípio às obras de restauração, toda a fachada sul e parte da fachada poente haviam desaparecido por detrás de várias edificações destinadas a residência do pároco. Por esse tempo, além da capela-mor – muito prejudicada pelos desavisados e devotos reformadores do século XVIII – apenas se podia ver sem grande estorvo a parede norte, que fora também vítima de um atentado de certa gravidade.
A multiplicidade e importância dos estragos eram de molde a tornar particularmente delicada e difícil a obra de restauração que a DGEMN se propôs a realizar. A obra, delineada em todos os seus pormenores, foi executada com rigor e continuidade. Assim, o belo templo de Cedofeita, resistiu à sua feição primitiva. Pode hoje admirar-se tal como saiu, há 870 anos, das mãos dos alvenéis de D. Afonso Henriques.

- A Igreja de S. Martinho de Cedofeita : Porto. In: Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais : Ministério das Obras Públicas e Comunicações. Nº 2 (Dezembro de 1935).

Mais haveria para contar sobre os estragos/alterações feitos(as) pelos devotos, mas penso que este texto mostra um bocado do que foi e o que é actualmente a Igreja de Cedofeita, que a não ser este rigoroso estudo da DGEMN, pouco há sobre a sua história, pelo menos na revista «O Tripeiro» :O)

Investigação e texto por Luzinha.

Rua do Infante Dom Henrique


+ Palácio da Bolsa + Igreja S. Francisco

Cor 4


Casa verde, céu azul.

Quem pinta o céu?


Porque é que nós que nascemos, vivemos e morremos debaixo dele ainda paramos por momentos - em certos momentos - e o vemos sublime?

Que pulsão é esta?

15.9.06

COS*



Nem PDM** nem RGEU***. Se fosse construído hoje todo o centro do Porto seria ilegal .


*COS: Coeficiente de Ocupação do Solo = razão entre o somatório das superfícies construídas e a superfície do lote, ambos expressos em metros quadrados.

**PDM: Plano Director Municipal.

***RGEU: Regulamento Geral de Edificações Urbanas.

Banco vermelho (cor 3)


Alguém se quer sentar?

14.9.06

Cor 2


Gruas .... ;D

13.9.06

ouro



Mood outonal de ontem. Mesmo se as folhas ainda ondulam nos ramos.
Hoje está inverno.

12.9.06

Cor


Para contrariar o cinzento dos últimos dias, e a pedido de várias familias, aqui está uma foto verdadeiramente a cores e com céu azul. ;)
Para quem não saiba isto é a praça de S. Salvador na fronteira entre o Porto e Matosinhos e a rede vermelha é uma escultura de
Janet Echelman .

11.9.06

Milhafre ferido na asa



Porto
Palavra exacta.


Grua de Domingo


não há descanso nem Domingo quando se trata de conquistar terra firme ao Atlântico.

mais uma prova de bom gosto


(clicando em cima amplia-se a imagem)

8.9.06

Marginal 9.30h


Para uns é o regresso da faina,
para outros a faina em si,
para outros ainda o lazer,
para mim a fotografia.

Nevoeiro de ontem


Curiosa tendência esta para fotografar nevoeiro.

(Olha ali o teu amarelo no canto inferior direito ó tmc)

Porto hoje ás 8:06 da mata!


... esta é para limpar o meu amarelo.
senão....
tinha feito um post para os 300 comentários e/ou para o vermelho directo!

6.9.06

Marginal 15h


...mais uma!

NSPM café

Começou cá fora, ao pôr-do-sol. Com o nevoeiro terminou entre portas.

Ninguém tomou café...




5.9.06

memória curta



8 de Julho de 1832: 7500 homens, entre voluntários e mercenários contratados comandados pelo próprio D.Pedro IV desembarcaram na praia de Arenosa, ou Praia dos Ladrões, em Lavra. Ficariam conhecidos pelo erróneo nome de Bravos do Mindelo.

Pernoitando em Pedras Rubras o exército libertador fará a entrada na cidade no dia seguinte, 9 de Julho, dando início com a sua ocupação ao episódio central da Guerra Civil – só passados 13 meses se verá o Burgo livre do cerco que o sitiou e pôs à prova a sua resistência e tenacidade.

4.9.06

Praia dos Ladrões


Esse era o antigo nome desta praia.

3.9.06

come on ladies...


...who's the first to dance?!

2.9.06

cor



Porque é fim de semana. Mesmo com nevoeiro.

1.9.06

Nevoeiro de fim de tarde


E assim era o nevoeiro sobre a terra do nunca visto do passeio alegre.

Fantasmagórico


fim de tarde directamente da terra do nunca...