Sinto que hoje novamente embarco Para as grandes aventuras, Passam no ar palavras obscuras E o meu desejo canta --- por isso marco Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo Aquele mundo Que eu sonhara e perdera Espera O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos Das mentiras alheias, Finalmente solitárias, As minhas mãos estão cheias De expectativa e de segredos Como os negros arvoredos Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando A voz das coisas que eu sei amar.
5 Comments:
"Hora"
Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
Sophia de Mello Breyner
Obrigado CC pelo lindo poema neste dia dedicado a quem vive a arte de escrever.
www.estavaipobloco.blogspot.com
visitem, linkem, e divirtam-se!!!
Gostei dos simbolismos!
(e agora vou checkar o blog da Nocas)
Enjoyed a lot! »
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