Comemoraram-se (em Abril)os 600 anos sobre a edificação da pequena capela de Santa Catarina erigida num dos mais altos cerros da margem direita do Douro, junto à foz, sobranceiro às ‘taracenas do Ouro’. Anos antes, os pescadores da zona ribeirinha pedem ao Rei um terreno para construir uma capela onde possam venerar Santa Catarina, sua padroeira (esta mártir da Igreja, cujo culto estava muito enraizado no coração dos marinheiros por quase toda a Europa, nasceu na Alexandria e estudou Filosofia e Teologia. O imperador Maximiano, impressionado com a sua beleza, propôs-lhe casamento que ela recusou argumentando que o seu noivo era Jesus. A recusa valeu-lhe a prisão e ser fustigada e, mais tarde, o suplício das navalhas. Conta a lenda que as navalhas, atadas a uma roda que pelo movimento iriam dilacerando o corpo dos supliciados, se partiam à medida que se iam aproximando do corpo da jovem. Acabaria por ser degolada). O Rei D. João I cede aos pedidos dos marinheiros e, assim, os pescadores do Douro puderam satisfazer a sua vontade. Em meados do século XV, as Taracenas do Ouro era um lugar ermo e bem longe das muralhas da cidade. Hoje é parte integrante da cidade e é um dos mais belos miradouros da cidade. Provavelmente foi com a vista que de lá se disfruta que António Sardinha, olhando as margens do Douro abraçadas ao mar, disse, ‘...é terra ainda, mas já pertence ao mar’. A pequena ermida, que durante longos anos serviu de baliza aos barcos que demandavam o Douro, de linhas simples, é das poucas memória reais que a Cidade guarda dos tempos dos estaleiros do Douro, das naus, dos galeões e dos barineis que, depois de Ceuta e Arzila, iriam mar fora além das Áfricas e das Américas...
Não é tanto a capela que me faz lembrar um barco luzinha, é mais a sua situação, ou a silhueta vista da marginal. A fotografia não capta isso muito bem, por isso já a tinha há muito tempo ainda por postar, mas como o título do blog é 'não sei pra mais'...
Obrigado luzinha. De qualquer maneira eu queria que a foto tivesse saído melhor, não era bem isto que eu queria, mas foi o que consegui fazer. Não há evolução sem ambição!(olha rimou!)
Mais uma vez obrigado amiguinha luzinha, desta vez pela descrição carinhosa (hehehe!). Um destes dias ainda vou à casa do infante ver essas correrias (aproveito e vou entregar-te 1/6 dos fabulosos lucros do nspm pelos serviços prestados). :D
sin' espero conseguir essa foto um destes dias, mas a nossa visão nem sempre é objectiva, às vezes a nossa imaginação distorce a realidade e não vemos as coisas como elas são fisicamente, e isso é muito difícil de fotografar. :)
... eu gosto precisamente da sensação de ter captado a minha realidade (ou, a realidade como eu a vejo). É raro conseguir uma foto dessas ... Por isso é que às vezes gosto especialmente de certas fotos que aos outros não dizem nada.
Continua, que sabes, Traz'! ... fico à espera de mais umas tentativas de assalto fotográfico à Capela de Sta Catarina!
É exactamente isso sin'. nem sempre a realidade que vemos e a que fotografamos são as mesmas. Acho que só os bons fotógrafos conseguem fazer coincidir essas 'visões', os outros (como eu) tem quando muito uma vaga ideia das diferenças que existem entre as duas, tentam elimina-las, e às vezes têm sorte e conseguem!
25 Comments:
E que bela vista se tem lá de cima!
Já fazia cá falta traz'!
Ora , assim sem mais...
"Ó Santa Catarina,
que sois a protectora
contra os acidentes de trabalho,
olhai por mim
que estou sujeito diariamente a inúmeros."
É verdade Traz
E a Capela foi construida pelos, então, chamados marinheiros, num terreno cedido pelo Rei D. João I, segundo reza um documento de 1395.
É lindo ver o rio douro à noite, no Monte de Santa Catarina, Patch.
Os melhores dias (de inspiração) chegaram! ;))))
Aliás, Santa Catarina é a Padroeira dos Marinheiros.
:)))
Muito me dizes luzinha. Não sabia nada disso, então tem ainda mais sentido que a capela me faça lembrar um barco.
:)
É no fluvial? Nunca lá fui acima.
Pois Traz, talvez os ditos marinheiros se tenham inspirado mesmo nos barcos!
Não sei se já viste a imagem da Padroeira, mas ela tem na mão, ou nas mãos, um leme.
;)
Comemoraram-se (em Abril)os 600 anos sobre a edificação da pequena capela de Santa Catarina erigida num dos mais altos cerros da margem direita do Douro, junto à foz, sobranceiro às ‘taracenas do Ouro’. Anos antes, os pescadores da zona ribeirinha pedem ao Rei um terreno para construir uma capela onde possam venerar Santa Catarina, sua padroeira (esta mártir da Igreja, cujo culto estava muito enraizado no coração dos marinheiros por quase toda a Europa, nasceu na Alexandria e estudou Filosofia e Teologia. O imperador Maximiano, impressionado com a sua beleza, propôs-lhe casamento que ela recusou argumentando que o seu noivo era Jesus. A recusa valeu-lhe a prisão e ser fustigada e, mais tarde, o suplício das navalhas. Conta a lenda que as navalhas, atadas a uma roda que pelo movimento iriam dilacerando o corpo dos supliciados, se partiam à medida que se iam aproximando do corpo da jovem. Acabaria por ser degolada). O Rei D. João I cede aos pedidos dos marinheiros e, assim, os pescadores do Douro puderam satisfazer a sua vontade. Em meados do século XV, as Taracenas do Ouro era um lugar ermo e bem longe das muralhas da cidade. Hoje é parte integrante da cidade e é um dos mais belos miradouros da cidade. Provavelmente foi com a vista que de lá se disfruta que António Sardinha, olhando as margens do Douro abraçadas ao mar, disse, ‘...é terra ainda, mas já pertence ao mar’. A pequena ermida, que durante longos anos serviu de baliza aos barcos que demandavam o Douro, de linhas simples, é das poucas memória reais que a Cidade guarda dos tempos dos estaleiros do Douro, das naus, dos galeões e dos barineis que, depois de Ceuta e Arzila, iriam mar fora além das Áfricas e das Américas...
In: Textos, Pretextos & Contextos
É ao pé do Fluvial cc.
Não é tanto a capela que me faz lembrar um barco luzinha, é mais a sua situação, ou a silhueta vista da marginal. A fotografia não capta isso muito bem, por isso já a tinha há muito tempo ainda por postar, mas como o título do blog é 'não sei pra mais'...
:)
Boa luzinha! Estou a ver que também investigas em casa.
Investiga que sabes!
;)
Tens razão, Traz, já lá estive e realmente faz lembrar os barcos.
A investigação chega a ser viciante...! É no arquivo, é em casa...ando sempre a 'saltitar' de um lado para o outro!
É assim que vou aprendendo mta coisa, mesmo aqui no vosso blog!
E a foto está linda, já vi várias, mas nunca com este enquadramento!
Espetacular! ;))))
Obrigado luzinha. De qualquer maneira eu queria que a foto tivesse saído melhor, não era bem isto que eu queria, mas foi o que consegui fazer.
Não há evolução sem ambição!(olha rimou!)
:)
Bem, foi-se a Segunda-Feira, chegou a inspiração!!!!!
Boa, rima e improvisa que sabes!!!
lol!
Valha-me então a inspiração que ainda faltam três dias para a semana acabar.
heheheh!
Luzinha, o que aprendo do Porto (e não só!!!) neste blog vem também muito de ti!
Devias cobrar umas comissões aos NSPM, eheheheh! ;))
Traz', tenho a certeza que ainda vais conseguir captá-la tal como a vês, silhueta, da marginal.
:)
Eheheheheh (continuação :))
Mal estes rapazitos, sabem o jogging q eu faço no arquivo, qd me pedem informações!
Os meus colegas até já dizem: -pronto já estás com as tuas pesquisas!
O engraçado é ver a cara de espanto dos visitantes do museu qd me vêem a correr pelos corredores!
Nunca pediria comissão a uns meninos tão queridos!!!
eheheheh ;)))))
Obrigado pela parte dos meninos queridos que me toca luz!
quanto à comissão... podemos sempre dispôr de uma parte dos dividendos que o NSPM produz para pagar as contribuições externas!
(ricas ideias andas a ter sin'!:))
É verdade Patch, n consegui encontrar palavra mais carinhosa, para vos descrever...!
:))))
Mais uma vez obrigado amiguinha luzinha, desta vez pela descrição carinhosa (hehehe!). Um destes dias ainda vou à casa do infante ver essas correrias (aproveito e vou entregar-te 1/6 dos fabulosos lucros do nspm pelos serviços prestados). :D
sin' espero conseguir essa foto um destes dias, mas a nossa visão nem sempre é objectiva, às vezes a nossa imaginação distorce a realidade e não vemos as coisas como elas são fisicamente, e isso é muito difícil de fotografar.
:)
... eu gosto precisamente da sensação de ter captado a minha realidade (ou, a realidade como eu a vejo). É raro conseguir uma foto dessas ...
Por isso é que às vezes gosto especialmente de certas fotos que aos outros não dizem nada.
Continua, que sabes, Traz'!
... fico à espera de mais umas tentativas de assalto fotográfico à Capela de Sta Catarina!
É exactamente isso sin'. nem sempre a realidade que vemos e a que fotografamos são as mesmas. Acho que só os bons fotógrafos conseguem fazer coincidir essas 'visões', os outros (como eu) tem quando muito uma vaga ideia das diferenças que existem entre as duas, tentam elimina-las, e às vezes têm sorte e conseguem!
:)
Obrigado Traz, Obrigado Luzinha.
continuem que sabem!
Obrigado Sin'
puxa por eles que sabes!
Aparece, aparece, Traz!
És sempre bem vindo! Aliás, todos!!!
Os únicos lucros q quero é ver fotos Excelentes!
TMC, não sei se o puxa tb era para mim...se for não puxem muito, senão com esta 'correria' qlq dia desapareço!!! (brincadeira :))))
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