Estou atónito sin'. Podia aqui estar HORAS a explicar a diferença entre os diversos meios de transporte sobre carris. Mas não vou estar - não me apetece.
Querem chamar eléctrico ao Metro do Porto?
Pois chamem. Até lhe podem chamar antónio:
-olha, lá vem o antónio... -Este antónio vai para Gaia? -não, esse passa noutra linha, a linha manel. aqui é o antónio para Matosinhos.
o patch, para além de dar nomes próprios a todas linhas e veículos sobre carris, entra todos os dias, fresco e penteado pelo escritório dentro a cantar: "apita o comboio que coisa tão linda..."
... e ai de quem lhe toque na colecção de miniaturas de Metros que conserva religiosamente ordenados por ano de fabrico, sob o seu monitor!
...ainda me lembro a trabalheira que foi para convencê-lo a não baptizar a filha de bombardier, que isso não ficava nada bem, que se estava mesmo a ver que era o nome de veículo de Metro!
(por favor!? chamar bombardier a uma filha??! isso é grave!!! agora começo realmente a acreditar que essa fixação com eléctricos e metros de superfície é mesmo à séria, hein?)
(pode dizer-se metro de superfície???? ou o Patch' fica outra vez amuado?)
O metro é isso mesmo sin', de superfície, ou tram, ou pré-metro, ou eléctrico rápido em canal dedicado. E eu não tenho fixação nenhuma, acontece que por motivos profissionais já tive que amargar uns anitos umas ensaboadelas acerca do tema. Nada de grave, portanto!
(mas alguns destes meninos, JC incluidos, também amargaram um bocadito à altura)
Eu gosto imenso dos eléctricos. Espero bem que não desapareçam totalmente, porque são uma excelente atracção turística. Quanto amim, vale a pena dar um passeio neles. No Porto ainda não tive essa experiência, mas em Lisboa, subir a encosta do castelo de eléctrico é um excelente passeio. Para além disto, tenho de fazer um parêntesis: as minhas filhas de quase quase dois e quase quatro anos, depois de terem experimentado andar nestes electricos umas duas vezes, não falam de outra coisa. Adoraram. É uma festa. E é bem mais engraçado e barato do que leva-las ao Zoo, que eu detesto, por exemplo. :-)
Gostamos mto das tuas investigações. Temos umas proposta para te fazer, será que consegues descobrir a história ou melhor o início da história do electrico no Porto e na Europa?
A pedido do TMC e dedicada ao Patch, aqui vai mais uma achega. ;)
«Foi em 1832 que surgiu em Nova York o primeiro “tramway” do planeta: uma carruagem puxada por cavalos e rolando sobre carris, deslizava suavemente até ao Bairro de Harlem transportando passageiros, tendo chegado à Europa (Paris) em 1853. Logo ficou conhecido, naturalmente, por “chemin de fer amèricain”. Londres Experimentou a novidade em 1861, e depois foi a expansão, um pouco por toda a parte. No entanto a imaginação não pára, e aquele final do século 19 era propenso a invenções…O “rei” dos tramways, o carro eléctrico foi apresentado por Siemens em Berlim (1881) num percurso de dois quilómetros e meio. A corrente eléctrica era transmitida pelos carris… o que provocou alguns problemas. Era necessário inventar um troley eficiente. Aconteceu em Richmond (EUA) no ano de 1887. Os Tramways eram usados nas cidades e zonas suburbanas, raramente foram usados em linhas interurbanas. Ia nascer no Porto, e também em Portugal, o novo e revolucionário meio de transporte urbano que permitia viajar suavemente sem aqueles encontrões e solavancos provocados pelas pedras da calçada… tão próprios dos velhos carroções, ónibus, char-à-bancs e outros. O povo ia ter, pela primeira vez, transportes baratos e com um mínimo de qualidade. Os carros americanos, espalharam-se pelas cidades de todo o mundo, e não podiam faltar no Porto, que, desenvolvendo-se então ao ritmo da revolução industrial, desejava melhorar o seu arcaico sistema de transportes. Em 15 de Maio de 1872, partiam os carros da Alfândega Nova até à Foz. No decurso de poucos anos, a Foz converteu-se numa pequena cidade, que todos os dias ia crescendo e prosperando. Em 1878, estávamos em plena época da máquina a vapor; era assim natural pensar utilizá-la para mais facilmente rebocar 3 ou 4 carruagens do americano, no Porto existiu apenas uma linha, todavia com alguma dimensão. A máquina era uma pequena locomotiva a vapor, de dimensões «urbanas» e que conseguia arrancar com várias carruagens, transportando assim um maior número de passageiros. O Aparecimento do primeiro carro eléctrico em Berlim (1881), foi seguido de um interesse e entusiasmo imparáveis. A partir da invenção do troley de roldana, a expansão tornou-se inevitável – Van de Poele pôs a funcionar um carro experimental na exposição de Chicago em 1883, e Sprague lançou a primeira linha de passageiros em Richmond, Virgínia (1887/88). O primeiro carro eléctrico francês rolou em 1889 na cidade de Clermont-Ferrand. Leeds, em 1891, viu o início das carreiras na Grã-Bretanha. E assim por diante. Em 1895 a novidade chegou ao Porto, primeira cidade da Península a ter carros eléctricos. Graças à perseverança, inteligência, iniciativa e génio empreendedor do zeloso Director da Companhia Carris de Ferro do Porto., estava finalmente iniciada no nosso país a viação eléctrica com todos os modernos aperfeiçoamentos. A população estava incrédula. De onde viria aquela força que fazia mover carros…«se as mulas não vão cá fora, vão lá dentro. Em algum sítio hão-de estar…» (dizia um popular). Ficou desta maneira aberta uma nova era nos transportes urbanos no Porto, em Portugal, e na Península. Em 1896 começou a ser realizado, o percurso entre a Estação do Ouro e a Rua Infante D. Henrique, e em 1897 o da parte restante da linha marginal desde o Ouro até ao Alto do Castelo da Foz.»
In: Os Velhos Eléctricos do Porto / Manuel Pereira, 1995
Os "carros eléctricos" demoraram 14 anos a chegar ao Porto no séc. XIX... quantos é que demorou o "metro ligeiro"(ou eléctrico rápido em canal dedicado) a chegar à cidade no séc XX, desde que foi inventado o modo? É esta a medida da decadência de uma cidade?
Carro de traçcão animal adquirido à Starbuck Car and Wagon Company of Birkenhead, pela CCFP. Este tipo de veículos circulou pela primeira vez na cidade do Porto em 15 de Maio 1872. Serviu ainda como atrelado das máquinas a vapor e eléctricos.
Mas sei que gosto do 'formato' destas caixas de comentários, onde se vão distribuindo postas de pescada, bacuradas e galhardetes. Isto é bom, mto bom assim agradamos a gregos e a troianos. Apesar de mandarmos nisto tudo (toda a blogosfera incluida) somos democraticos.
43 Comments:
Falta-lhes um para-choques capaz de desfazer qualquer carro que apareça estacionado na linha!
;)
É verdade!
E já agora se fossem um decadas mais novos ou pelo menos se fossem mais frequentes,
acho que tb ajudava!
Dantes tinham um ampara-corpos(será esse o nome?) para os atropelasdos não cairem na linha...
Consolem-se ... o 'metro' do Porto mais não é que um eléctrico!
(uff, ainda bem que sou do Porto e posso atirar com frases destas!)
(volto a aparecer daqui a umas horas, quando me perdoarem!) eheheheh!
;))
Essa foi pro Patch?
Acho que ele ainda deve estar a pasmar!
Cuidado Sin' estás a brincar com o fogo!
Quem te avisa teu amigo é!
Estou atónito sin'. Podia aqui estar HORAS a explicar a diferença entre os diversos meios de transporte sobre carris. Mas não vou estar - não me apetece.
Querem chamar eléctrico ao Metro do Porto?
Pois chamem. Até lhe podem chamar antónio:
-olha, lá vem o antónio...
-Este antónio vai para Gaia?
-não, esse passa noutra linha, a linha manel. aqui é o antónio para Matosinhos.
Bahh!
Quer'lá saber!
... pr'ó Patch'?? Porquê?...
O Patch' tem alguma ligação especial ao metro do Porto?
(glup)
aí patch! no surrealizar é que está o ganho!
ai, ... só agora vi essa resposta ...
ok, pronto, retira-se o que se disse sobre o António!!
Boa,
Isto hoje está a começar bem Manuel António!
Sin' o Patch' tem tudo a haver do Metro!
É quase dono daquilo tudo, já para não falar no Manuel e o António que são os filhos e as meninas dos olhos dele!
o patch, para além de dar nomes próprios a todas linhas e veículos sobre carris, entra todos os dias, fresco e penteado pelo escritório dentro a cantar:
"apita o comboio que coisa tão linda..."
... e ai de quem lhe toque na colecção de miniaturas de Metros que conserva religiosamente ordenados por ano de fabrico, sob o seu monitor!
(se não estivesse amuado ria-me à exaustão. Mas vou-vos dar o silent treatment)
(eheheheheheheheheheheheh - não resisti)
:((((((
Patch!
Patch!
Patch!
Patch!
Patch!
...ainda me lembro a trabalheira que foi para convencê-lo a não baptizar a filha de bombardier, que isso não ficava nada bem, que se estava mesmo a ver que era o nome de veículo de Metro!
(já passou o amuo?)
(tá quase, mais uns minutitos)
.. vá lá patch, faz aquele som do eléctrico a chegar que só tu sabes fazer!
Pena que a sinapse não possa ouvir.
(por favor!? chamar bombardier a uma filha??! isso é grave!!! agora começo realmente a acreditar que essa fixação com eléctricos e metros de superfície é mesmo à séria, hein?)
(pode dizer-se metro de superfície???? ou o Patch' fica outra vez amuado?)
JC ... eheheheh, não estarás a esticar a corda aí com o teu amigo Patch'?
O JC tá aqui está a descarrilar!
(ops, ainda estou amuado, escapou-me este comentário!)
(olha, vou amuar também)
(até mais logo)
(fui)
Bem, já chega. Passo a explicar a brincadeira:
O metro é isso mesmo sin', de superfície, ou tram, ou pré-metro, ou eléctrico rápido em canal dedicado. E eu não tenho fixação nenhuma, acontece que por motivos profissionais já tive que amargar uns anitos umas ensaboadelas acerca do tema. Nada de grave, portanto!
(mas alguns destes meninos, JC incluidos, também amargaram um bocadito à altura)
...a più tarde, ci vediamo dopo il giro in bici!
O pneu da minha está furado...snif, snif...
Molto bellas, il tuo foto, TMC.;)
Acho q não é bem assim, mas pronto...
Eu gosto imenso dos eléctricos. Espero bem que não desapareçam totalmente, porque são uma excelente atracção turística. Quanto amim, vale a pena dar um passeio neles. No Porto ainda não tive essa experiência, mas em Lisboa, subir a encosta do castelo de eléctrico é um excelente passeio. Para além disto, tenho de fazer um parêntesis: as minhas filhas de quase quase dois e quase quatro anos, depois de terem experimentado andar nestes electricos umas duas vezes, não falam de outra coisa. Adoraram. É uma festa. E é bem mais engraçado e barato do que leva-las ao Zoo, que eu detesto, por exemplo. :-)
Ora aí está um bom programa para uma tia fazer com as sobrinhas! Obrigada TR;)
LoL! estou de acordo, mas é capaz de valer a pena um esforço... ok, só uma vez... :-)
Luzinha,
Gostamos mto das tuas investigações.
Temos umas proposta para te fazer, será que consegues descobrir a história ou melhor o início da história do electrico no Porto e na Europa?
Investiga, informa que sabes!
Estou a ver que chegaram todos (ou quase todos) cedinho ao trabalho, a aprender com os FP'S ?????!!!!! eheheheh
Há aqui qlq coisa sobre isso, TMC...
Vou tentar.
Até já! :)))
A pedido do TMC e dedicada ao Patch, aqui vai mais uma achega. ;)
«Foi em 1832 que surgiu em Nova York o primeiro “tramway” do planeta: uma carruagem puxada por cavalos e rolando sobre carris, deslizava suavemente até ao Bairro de Harlem transportando passageiros, tendo chegado à Europa (Paris) em 1853. Logo ficou conhecido, naturalmente, por “chemin de fer amèricain”. Londres Experimentou a novidade em 1861, e depois foi a expansão, um pouco por toda a parte. No entanto a imaginação não pára, e aquele final do século 19 era propenso a invenções…O “rei” dos tramways, o carro eléctrico foi apresentado por Siemens em Berlim (1881) num percurso de dois quilómetros e meio. A corrente eléctrica era transmitida pelos carris… o que provocou alguns problemas. Era necessário inventar um troley eficiente. Aconteceu em Richmond (EUA) no ano de 1887. Os Tramways eram usados nas cidades e zonas suburbanas, raramente foram usados em linhas interurbanas. Ia nascer no Porto, e também em Portugal, o novo e revolucionário meio de transporte urbano que permitia viajar suavemente sem aqueles encontrões e solavancos provocados pelas pedras da calçada… tão próprios dos velhos carroções, ónibus, char-à-bancs e outros. O povo ia ter, pela primeira vez, transportes baratos e com um mínimo de qualidade. Os carros americanos, espalharam-se pelas cidades de todo o mundo, e não podiam faltar no Porto, que, desenvolvendo-se então ao ritmo da revolução industrial, desejava melhorar o seu arcaico sistema de transportes. Em 15 de Maio de 1872, partiam os carros da Alfândega Nova até à Foz. No decurso de poucos anos, a Foz converteu-se numa pequena cidade, que todos os dias ia crescendo e prosperando. Em 1878, estávamos em plena época da máquina a vapor; era assim natural pensar utilizá-la para mais facilmente rebocar 3 ou 4 carruagens do americano, no Porto existiu apenas uma linha, todavia com alguma dimensão. A máquina era uma pequena locomotiva a vapor, de dimensões «urbanas» e que conseguia arrancar com várias carruagens, transportando assim um maior número de passageiros.
O Aparecimento do primeiro carro eléctrico em Berlim (1881), foi seguido de um interesse e entusiasmo imparáveis. A partir da invenção do troley de roldana, a expansão tornou-se inevitável – Van de Poele pôs a funcionar um carro experimental na exposição de Chicago em 1883, e Sprague lançou a primeira linha de passageiros em Richmond, Virgínia (1887/88). O primeiro carro eléctrico francês rolou em 1889 na cidade de Clermont-Ferrand. Leeds, em 1891, viu o início das carreiras na Grã-Bretanha. E assim por diante. Em 1895 a novidade chegou ao Porto, primeira cidade da Península a ter carros eléctricos. Graças à perseverança, inteligência, iniciativa e génio empreendedor do zeloso Director da Companhia Carris de Ferro do Porto., estava finalmente iniciada no nosso país a viação eléctrica com todos os modernos aperfeiçoamentos. A população estava incrédula. De onde viria aquela força que fazia mover carros…«se as mulas não vão cá fora, vão lá dentro. Em algum sítio hão-de estar…» (dizia um popular). Ficou desta maneira aberta uma nova era nos transportes urbanos no Porto, em Portugal, e na Península. Em 1896 começou a ser realizado, o percurso entre a Estação do Ouro e a Rua Infante D. Henrique, e em 1897 o da parte restante da linha marginal desde o Ouro até ao Alto do Castelo da Foz.»
In: Os Velhos Eléctricos do Porto / Manuel Pereira, 1995
Luzinha,
Mais uma vez "obrigado mestre pela lição que nos deste."
Informa que sabes.
Os "carros eléctricos" demoraram 14 anos a chegar ao Porto no séc. XIX... quantos é que demorou o "metro ligeiro"(ou eléctrico rápido em canal dedicado) a chegar à cidade no séc XX, desde que foi inventado o modo? É esta a medida da decadência de uma cidade?
Carro Eléctrico nº8
Carro de traçcão animal adquirido à Starbuck Car and Wagon Company of Birkenhead, pela CCFP. Este tipo de veículos circulou pela primeira vez na cidade do Porto em 15 de Maio 1872. Serviu ainda como atrelado das máquinas a vapor e eléctricos.
in Museu do Carro Eléctrico
Não sei Patch!
Mas sei que gosto do 'formato' destas caixas de comentários, onde se vão distribuindo postas de pescada, bacuradas e galhardetes.
Isto é bom, mto bom assim agradamos a gregos e a troianos.
Apesar de mandarmos nisto tudo (toda a blogosfera incluida) somos democraticos.
Postem prai, comentem o que quiserem que sabem!
Patch,
O que eu sei é q os americanos comemoraram os 100 anos do metro em 2004!
Agora é só fazer as contas....
de quem será a culpa...????!!!!
;))))))
(ainda a falar de eléctricos?)
(...)
;))
Sempre gostei e continuarei a gostar..
são românticos..deve ser esse o "problem" :)
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