24.2.06

Falas de civilização...



Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

Alberto Caeiro

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sei se as coisas eram melhor ao jeito de cada um,
Igualmente desconheço se melhoravam se fossem ao meu...
Provavelmente nem para mim seriam!

Certeza tenho que, com "rezistos" pluridiários, o Não sei Pra Mais vem pautando o meu quotidiano com momentos de pura e sincera felicidade, a máquina está em marcha, e é vossa!

P.S. qualquer aproximação deste comentário a uma tentativa de bajulação é pura ficção.

24/2/06 4:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já disse...gosto do poema;)

24/2/06 5:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«Ai de ti e de todos que levam a vida A querer inventar a máquina de fazer felicidade!»...não há invenção para tal...mas para tirar boas fotos...nada como bons fotógrafos, com mta sensibilidade...tmc.

24/2/06 7:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

P.S. E muito da foto!

26/2/06 3:09 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home