Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!
Alberto Caeiro
4 Comments:
Não sei se as coisas eram melhor ao jeito de cada um,
Igualmente desconheço se melhoravam se fossem ao meu...
Provavelmente nem para mim seriam!
Certeza tenho que, com "rezistos" pluridiários, o Não sei Pra Mais vem pautando o meu quotidiano com momentos de pura e sincera felicidade, a máquina está em marcha, e é vossa!
P.S. qualquer aproximação deste comentário a uma tentativa de bajulação é pura ficção.
Já disse...gosto do poema;)
«Ai de ti e de todos que levam a vida A querer inventar a máquina de fazer felicidade!»...não há invenção para tal...mas para tirar boas fotos...nada como bons fotógrafos, com mta sensibilidade...tmc.
P.S. E muito da foto!
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