memória curta
8 de Julho de 1832: 7500 homens, entre voluntários e mercenários contratados comandados pelo próprio D.Pedro IV desembarcaram na praia de Arenosa, ou Praia dos Ladrões, em Lavra. Ficariam conhecidos pelo erróneo nome de Bravos do Mindelo.
Pernoitando em Pedras Rubras o exército libertador fará a entrada na cidade no dia seguinte, 9 de Julho, dando início com a sua ocupação ao episódio central da Guerra Civil – só passados 13 meses se verá o Burgo livre do cerco que o sitiou e pôs à prova a sua resistência e tenacidade.
29 Comments:
Aqui se confirma o tal epiteto, patch!
Boa investigação, gostei, e ainda mais da imagem. ;o)
Fui assaltado aqui ao lado,
no fds passado, no "tequilha",
numa despedida se solteiro!
Vá lá que ganhamos o concurso
para a melhor coreografia!
Também por isso é que a praia se chama(va) "praia dos ladrões"! :)
ahhhh!
então sera disso!
Corrijam-me se estiver errada. Mas penso ser dessa que nos vem o nome de "tripeiros". Ou é grande asneira, luzinha? Não tenho a certeza se foi esta ou nas invasões francesas....
A história que eu conheço acerca das tripas tem a ver com a armada que conquistou ceuta no sec. XV, à qual a população do Porto decidiu dar toda a carne, ficando apenas com as tripas para consumir.
E dizes tu patch que não és Doutor!
cc, eis aqui um grande Historiador no naoseipramais!
;O)
aiiiiiiiiiiii.....que vergonha.
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Não tenhas cc, este blog é uma 'borga', mas tb se aprende mto com todos (NSPM e Comentadores)!
Qlq dia sou eu a dar uma 'calinada' sobre arquitectura e naoseipramais, vergonha a duplicar! :O)
Ó/OH!!!!
;O)
fui eu que excluí, dupliquei.
Se quiserem podem excluir este tb
:O)
Se não estou em erro, os "Bravos da Lavra" ficaram conhecidos por "Bravos do Mindelo", porque, ao desembarcar, julgavam estar nesta última praia, que fica um pouco mais a Norte.
Os burros nem ao trabalho se deram de olhar um bocadinho para as torres da refinaria. Viam logo onde estavam.
Este post trouxe-me à memória o nome quase esquecido de Luz Soriano.
Obrigado.
Luz Soriano esse que faz amanhã, sexta-feira, 204 anos que nasceu.
Fantástica coincidência.
Ainda mais porque eu não conhecia tal personagem até ao seu comentário Funes. O meu conhecimento do sec. XIX Português é miserável.
A entrada de D. Pedro IV na cidade fez-se pelo Monte dos Burgos. Por isso é que no Carvalhido existe a Praça do Exército Libertador. A comemorar a libertação do Porto, colocaram lá duas colunas (aquela gente tinha a mania dos obeliscos!) que já mudaram de sítio. Agora estão na Foz, à entrada do jardim do Passeio Alegre.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
É verdade denudado, o Porto está cheio de topónimos acerca da Guerra Civil. No percurso de entrada do Exército Libertador temos a Praça do mesmo nome bem como a Rua Nove de Julho, que imagino ter sido a via que o exército usou para entrar na cidade (Monte dos Burgos, Nove de Julho, Barão Forrester, Cedofeita).
Os obeliscos do Passeio Alegre foram de facto deslocados do que é hoje a área do Carvalhido (Quinta da Prelada) mas não terão a ver com a Guerra Civil. Ao que parece têm a autoria de Nasoni.
A respeito dos obeliscos do Passeio Alegre, dou a mão à palmatória, Patchouly. Mas olha que estou completamente convencido de que li algures que eles foram feitos para homenagear D. Pedro IV e o seu Exército Libertador.
Não tenho bem presentes na memória os referidos obeliscos, mas tenho a impressão de que, realmente, eles remetem mais para o séc. XVIII do que para o XIX.
Já que falaste de topónimos relacionados com a guerra civil, lembro o facto de um populoso bairro da zona de S. Roque da Lameira se chamar Cerco do Porto. Não é por acaso, pois o vale de Campanhã foi palco de alguns dos mais violentos confrontos entre liberais e miguelistas, durante o cerco que estes últimos puseram à cidade.
Desembocando na Av. Fernão de Magalhães por umas escadas, existe uma pequena rua chamada Rua da Bataria, por ter sido naquele local que esteve instalada uma bateria de artilharia liberal.
Na zona da Vitória existe uma outra rua de nome idêntico, a Rua da Bataria da Vitória. Aliás, a igreja da Vitória apresenta na sua torre um buraco, que foi propositadamente deixado como testemunho dos bombardeamentos que a igreja e toda aquela zona sofreram por parte da artilharia miguelista colocada em Gaia.
Uma outra bateria liberal esteve colocada na zona da Lomba (perto da estação de Campanhã), a qual foi palco de tão ferozes combates que D. Pedro IV deu à rua que a ela conduz o nome de Rua do Heroísmo.
Mais próxima do centro do Porto fica uma outra rua baptizada por D. Pedro: a Rua da Firmeza. Não sei qual a razão para este nome; talvez se tenha travado naquele local algum combate também violento.
De entre as figuras de proa que integraram o exército liberal, além de Luz Soriano, avultam os futuros Duque de Saldanha (que teria comandado a bateria da Lomba a que me referi acima) e Marquês de Sá da Bandeira. Este último, de seu nome próprio Bernardo de Sá Nogueira, terá recebido o seu título nobiliárquico em razão de ter ficado gravemente ferido num combate travado em Gaia, em que ficou sem um braço. Este combate teve lugar no Alto da Bandeira, por onde agora passa a Rua do Marquês de Sá da Bandeira, que desce do Jardim de Soares dos Reis. Como ele se chamava Sá e foi ferido no Alto da Bandeira, ficou Marquês de Sá da Bandeira.
Para terminar, não posso deixar de lembrar o título que D. Pedro IV atribuiu a toda a cidade do Porto, à qual deixou o seu próprio coração: Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto.
Há ainda o Marechal Saldanha, que comandou o exercito libertador a dada altura. Haverá algum levantamento toponímico mais ou menos sistemático da cidade referente ao período do Cerco?
Não há dúvida que esse periodo marcou a personalidade da cidade. Talvez algum do orgulho tripeiro a que alguns chamam bairrismo venha ainda daí...
Em vez de um outro café NSPM, que me dizem, e a propósito deste post, um passeio com o historiador Germano Silva?
Dependendo da data, alinho
Eu também!
Bom... tenho que deixar de comentar depois de noitadas! Ainda me meto em alhadas! Ponho-me a fazer sugestões que não sei serem possíveis.
Mas averiguo, averiguo.
Averigua que sabes são!
(eu tb vou!)
Ó pessoal! Este mês há passeios pela cidade aos domingos às 10 da manhã, orientados por Hélder Pacheco e Júlio Couto! Um já passou, mas ainda faltam 3. Vejam pormenores ao fundo da página http://www.portoturismo.pt/eventos/Setembro.asp
Patchouly, o Marechal Saldanha e o Duque de Saldanha de que falei são uma e a mesma pessoa.
Obrigada Denudado. Sabia desses passeios...mas ainda haverá vagas?
Averiguarei...
CBocas
17 de Setembro,10h00
PERCURSO DOS FERRADORES AO PEDREIRO DE BRONZE,EM ASNEIROS (sítio das indústrias, do Ensino Industrial e da Maternidade),com Hélder Pacheco
e/ou
24 de Setembro,10h00
PERCURSO DOS FERRADORES À BATARIA DA VITÓRIA, com Júlio Couto?
Desta vez eu vou e vou a qlq um! :O)
Apesar de conhecer o Dr. Hélder Pacheco e saber que é um bom contador de histórias e historiador tb, Já li um livro de Júlio Couto, excelente. Por isso ambos os percursos devem ser espetaculares.
Eu vou estar no Porto no dia 17 de Setembro ... na volta, também vou!!
:))
Gostava imenso de fazer um passeio desses, já tinha visto anunciado ... Vou checkar os detalhes no site que o denudado deixou aqui na caixa de comentários!
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