31.3.06

Rua da Madeira


Quando era um jovem teenager, nas minhas primeiras explorações independentes munido de uma reflex, descobri que a baixa era mais do que compras familiares na Rua de Cedofeita e Santa Catarina ou os eclairs da Quinta do Paço. Numa dessas excursões privativas descobri a Rua da Madeira, desde a Batalha até S. Bento. Lembro-me que fiquei fascinado com o ambiente que a rua tem quando se inicia a descida das escadas junto ao Hotel da Batalha. Tirei uma fotografia.
No outro dia voltei ao mesmo sítio - já lá não ia há pelo menos uma década.
O ambiente ainda é o mesmo.

11 Comments:

Blogger Sinapse said...

Muito boa

31/3/06 12:44 da manhã  
Blogger patchouly said...

obrigado sinapse. Podes levar esta de recordação do Porto para férias.

31/3/06 12:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Lembro-me, que a primeira vez que vim ao Porto como gente grande, já lá vai mais de 10 anos atrás, achei o Porto de uma decadência total. Achava estas ruas tristes e decadentes.
Agora não quero outra coisa, acho-as maravilhosas e o Porto é lindooooo!!!
Não melhor do que passar a conhecer melhor e bem as coisas, para mudar de opinião.
:)
nice shoot!

31/3/06 10:02 da manhã  
Blogger Luzinha said...

"A íngreme Rua da Madeira, outrora à ilharga do Mosteiro de S. Bento de avé-Maria, e hoje estação de caminho-de-ferro, chamava-se antes Calçada da Teresa, nome que já encontramos em registos paroquiais de santo Ildefonso, no século XVII - «morador da Thareza» reza um termo de 1679.
Ali próximo, junto da Porta dos Carros, existia por esta época, uma fonte da rainha D. Teresa, o que faz recuar, pelo menos a esse século, a tradição de que a Thareza seria a mãe do nosso D. Afonso Henriques.
Temos por pouco provável tal identificação, numa artéria sem dúvida antiga - provavelmente remontaria ao século XIV, quando se construiu a muralha fernandina, junto do qual corria - mas de que de certeza não existia no tempo da rainha, no século XII. Além disso, parece-nos chamadouro pouco respeitoso para tal senhora...
Por agora, diremos apenas que de todo ignoramos quem fosse a Thareza dessa calçada.
Calçada da Teresa, na planta de 1813; Rua da Madeira, na de 1902.
Da Madeira, porquê? Não o pudemos ainda averiguar."

In: Toponímia Portuense / Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas, [1999].


P.S. By the way, os eclairs da Quinta do Paço são óptimos ;)

31/3/06 10:21 da manhã  
Blogger patchouly said...

Já prendi qualquer coisa hoje. Obrigado luzinha!

31/3/06 10:32 da manhã  
Blogger patchouly said...

O Porto é como se dizia há uns tempos do Martini, tem que se aprender a gostar, não achas Remus?

31/3/06 10:34 da manhã  
Blogger JC said...

...tantas coisas interessantes e existem ainda muitas pessoas que desconhecem por completo esta e tantas outras ruas!

a foto transmite muito bem o ambiente do lugar, e aquele ar romântico particular do Porto!

31/3/06 10:35 da manhã  
Blogger Luzinha said...

De nada Patch! :)

31/3/06 10:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Sem dúvida.
Eu agora não quero outra coisa...
:)

31/3/06 11:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Boa foto. E o JC tem razão. Eu sou do Porto e nuca tinha ouvida falar desta rua e muito menos passei nela. É imperdoável...

31/3/06 12:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Rua com vista sobre o rés-do-chão
Uma rua com vista sobre um rés-do-chão
Eis como avaliar uma cidade
Nem praças nem jardins nem monumentos, sabes
Que as estátuas não te podem render
Esqueço o carro, o trânsito, o asseio das ruas
Os bares com os seus rostos que me arrastam
As repartições públicas que bem despacham
Até um chafariz na madrugada
Faço por ignorar os acasos urbanos
Que os acasos se esgotam no presente
E ignoro os desamores, eternos pois claro
Porque as ruas se querem respeitadas
Mais não sobra que um rés-do-chão no 13ème
De um casal tão feliz que se deixava ver
Não que fosse vaidade ou exibicionismo
Era só compaixão pelos peões.

2/4/06 8:33 da tarde  

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