27.2.06

Casa de chá



Ainda na Boa Nova (como eu gosto deste nome) a casa de chá ergue-se confundindo a sua silhueta com a das rochas onde assenta, à contra-luz de um sol poente de Fevereiro. Há edifícios que parecem sempre ter existido...


Cidade Poluente


de dia, Poluente


de noite, Cidade


26.2.06

a António Nobre




Este monumento a António Nobre situa-se a norte do farol e tem
a autoria de Barata Feio na escultura e Álvaro Siza na arquitectura.

farol da boa nova



Na praia lá da Boa Nova, um dia,

Edifiquei (foi esse o grande mal)

Alto castelo, o que é a fantasia,

Todo de lápis-lazúli e coral!


Naquelas redondezas não havia

Quem se gabasse dum domínio igual:

Oh, castelo tão alto! Parecia

O território de um senhor feudal!

Um dia (não sei quando, nem sei donde)

Um vento seco do deserto e spleen

Deitou por terra, ao pó que tudo esconde,

O meu condado, o meu condado sim!

Porque eu já fui um poderoso conde,

Naquela idade em que se é conde assim...


António Nobre, Porto 1887

24.2.06

Ando aqui às voltas...


acompanhado pela minha sombra.

Pela cidade de tejadilho aberto


Jardim suspenso?

Falas de civilização...



Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

Alberto Caeiro

Escutas-me sem me ouvir...


olhas-me sem me ver...

Correspondentes externos

Estas fotografias foram-nos enviadas pela Luzinha. Nada como trabalhar na Ribeira para ter boas oportunidades de registos fotograficos!



Rua de Sobre o Douro


À direita o Bairro Ignez, antigo bairro operário que é agora residência para muitos estudantes, a maioria dos quais de Erasmus; à esquerda o muro de contenção da Rua da Restauração impõe-se, majestoso; entre ambos uma calçada de pedra irregular a vencer o desnível entre os dois arruamentos . A topografia da cidade neste local é imponente.

Olhó gajo do cavalo...


...do correio vai ali ?!

23.2.06

Correio de Portugal


Antes os correios usavam este letreiro, agora já existe e-mail e isto é um restaurante.

O "Afuradeiro" esta manhã


O Flor do Douro faz quatro viagens por hora, mas muitas vezes sem passageiros. O preço das viagens fluviais entre Lordelo e a Afurada aumentou de 55 cêntimos para um euro. A duplicação explica-se com a diminuição do número de utilizadores e a necessidade de manter as receitas. Mas a solução revelou-se traiçoeira e a maior parte das poucas pessoas que ainda atravessavam o Douro na embarcação deixaram de o fazer, optando agora pelo transporte rodoviário.

fonte: JN

Monotonia

22.2.06

Faculdade de Arquitectura U.P.







A noite inverte a leitura que se tem dos edificios: as janelas aparecem como rasgos iluminados exibindo a vida que existe nestas caixas sábiamente implantadas na encosta do Douro.

Pião nocturno


À noite, iluminada apenas pelos projectores parece suspensa no ar...

... hoje o Porto voltou a surpreender-me

na sua zona mais emblemática









com o sol da manhã
peneirado pela renda da ponte
que projecta a sua sombra
sobre o casario.

...bem perto daí


O corre corre dos dias
faz-nos esquecer a matéria das coisas

passamos como se nada fosse

às vezes é preciso parar por um segundo

para fixar as texturas que a luz ténue

arranca às pedras

21.2.06

Rua da Restauração ao fim da tarde


A expressividade das àrvores é realçada pela iluminação pública.


Presença estranha no perfil da rua, quase surreal.

Marginais do Mar I








Nas últimas duas semanas.
O mesmo Mar, várias marginais.

20.2.06

... eu estava lá


... ao volante.

a curva do rio




Do alto da via panorâmica, hoje, ao principio da noite.

Cantareira


Há quem resista à chuva e ao vento para um passeio à beira rio

Manhã de Domingo


Uma manhã de aguaceiros e muito vento, boa para ficar no café em frente ao mar a ler o jornal...


Ou talvez não!

... bonança à vista


... ou não?!

... outra vez os pilotos


... vistos pela minha objectiva.

19.2.06

À espera da bonança


... que os pilotos nos guiem a bom Porto.

18.2.06

Ainda a chuva


Ao contrário de grande parte das pessoas eu gosto de frio, de chuva e de vento. Dias como hoje fazem-nos sentir que, apesar do aparente controlo que temos na cidade sobrea natureza, ela é claramente mais forte que nós. (E ainda bem!)

O Porto adormece à chuva hoje à noite


Marginal do Douro ao inicio da noite.

P.S. - Espero que seja inspirador para mais fotos da Sinapse...

17.2.06

Metro II


Estação de S. Bento... entre a rua e o metro

Outro amanhecer


...ele há dias assim em que a inconstância dos caprichos do tempo nos pergunta ao que andamos e nos desvia o olhar para a sombra que cai diferente das paredes.

Sombra... e luz


Duas paredes, duas lajes, um pilar e um ponto de luz.
A arquitectura não é anónima, a localização sim.

A carga pronta metida nos contentores


Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo

É uma escolha que se faz

O passado foi lá atrás

Xutos & Pontapés